Governo vai rever prazos de concessões de áreas portuárias.
Governo admitiu que vai rever os prazos curtos de até dez anos dos arrendamentos de áreas que serão oferecidas à iniciativa privada no primeiro bloco de licitações portuárias, afirmou o diretor-geral da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), Pedro Brito.
Com a nova Lei dos Portos (nº 12.815), a Antaq, o órgão regulador do setor, se tornou responsável pelas licitações de áreas.
O prazo enxuto é uma das principais reclamações observadas durante as consultas públicas sobre os arrendamentos em portos do Pará e em Santos. "Na questão dos prazos, estamos reconsiderando não só em Santos, mas (todos) de maneira geral", afirmou.
A validade de até dez anos para alguns dos arrendamentos portuários é alvo de constantes reclamações do setor porque, segundo empresários e especialistas, são insuficientes para a recuperação de eventuais investimentos.
Brito também disse que o Governo vai considerar a renovação dos contratos caso eles prevejam essa possibilidade com prazo de até mais 25 anos de utilização da área pela empresa instalada. Ele afirmou que o EcoPorto, o terminal do grupo EcoRodovias no Porto de Santos, pode não mais ser incorporado a áreas contíguas que serão licitadas quando o seu contrato acabar."Não necessariamente os arrendamentos terão de ser compatibilizados com o prazo do EcoPorto", afirmou.
O diretor-geral da Antaq afirmou, no entanto, que a decisão de rever os prazos de arrendamentos considerados curtos não enterra a ideia do Governo de agregar áreas portuárias em uma única e maior, para que, no futuro, a empresa instalada tenha ganho de eficiência pela escala da operação. "Onde a agregação indica que é o melhor caminho, ela está sendo feita", disse.
Brito afirmou que as minutas dos editais e dos contratos do segundo bloco de arrendamentos portuários serão publicadas nesta quarta-feira, no Diário Oficial da União, permitindo que o Governo dê início ao processo de consultas públicas . "Hoje (ontem) à noite, enviaremos os documentos para o Diário Oficial e eles devem ser publicados amanhã (hoje)", afirmou. O segundo bloco compreende terrenos em portos da Bahia, de Paranaguá (PR) e São Sebastião (SP).
Ontem, o secretário de Planejamento Portuário da Secretaria de Portos, Rogério Menescal, disse que seria difícil que os documentos fossem publicados hoje, porque o Governo decidiu incorporar algumas sugestões da consulta pública.
Fonte: A Tribuna
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