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segunda-feira, 8 de abril de 2013

Falta de logística e burocracia atrasam transporte de cargas aéreo no Brasil

A falta de logística e a burocracia no transporte de cargas aéreas fazem com que a liberação de produtos demore até uma semana.

No comércio exterior, só viajam de avião mercadorias de primeira classe. No Brasil, menos de 1% do comércio exterior é feito por aviões, mas essas mercadorias representam mais de 10% do valor total. Só chegam aos aeroportos produtos caros e que precisam ser entregues com urgência.

Nos aeroportos brasileiros, porém, a pressa perde para a burocracia. Um estudo divulgado nesta terça-feira (2) pela Federação das Indústrias do Rio de Janeiro mostra que, em cinco aeroportos com grande volume de carga, o tempo médio de liberação dos produtos é de 175 horas, mais de uma semana.

A espera parece ainda mais longa se comparada com outros aeroportos do mundo. Em Londres, a carga é liberada em oito horas; nos Estados Unidos, seis horas, e, na China, só quatro horas de espera.

Para os especialistas, uma solução simples seria aumentar o horário de funcionamento de órgãos como a Receita Federal. “Aqui no Brasil, as autoridades que precisam liberar os produtos trabalham durante apenas o expediente. Muitos departamentos só trabalham seis horas por dia, de segunda a sexta, e, no mundo todo, trabalha 24 horas, sete dias por semana”, afirma Eugênio Gouvêa Vieira, presidente da Firjan.

O setor farmacêutico é o mais prejudicado. Uma carga de remédios de R$ 35 milhões paga R$ 287 mil no aeroporto do Rio de Janeiro, 40 vezes mais do que o custo no aeroporto de Cingapura, um dos mais ágeis do mundo.




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